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Relacionamento Abertos

25 de fevereiro de 2016

Quando conversamos sobre relacionamentos abertos, a compreensão que fazemos é que estamos livres para pegar quem quiser e onde quisermos. Isso pode fazer parte de um relacionamento aberto, mas é a menor parte dele, porque quando estou dentro de uma relação está implícito nesse meu comportamento que eu já escolhi minha parceira(o), mesmo havendo um diálogo para relação aberta. Muitas vezes, o casal pode optar por ser monogâmico, sem nenhum problema.

Relação aberta, na linguagem do Pai, é vivermos de maneira livre, sem apegos ou posses. É podermos estar livres dentro de uma vida a dois, onde para ambos a confiança seja a base da relação junto com a lealdade.

Precisamos tirar a promiscuidade da relação aberta, onde todos interpretam que quando opto por esse tipo de relação, estou optando pela promiscuidade de pegar tudo que estiver a fim.

Não, viver num relacionamento aberto requer maturidade. Saber fazer escolhas em construir ou destruir, estarmos prontos a saber nos entregarmos de maneira plena ao parceiro para depois saber escolher o que quero do que a sociedade me oferece, e se isso vai ser útil para ambos dentro da relação.

Relacionamento aberto, não significa realizar todos os meus desejos ou fantasias, mas sim se libertar dos desejos e fantasias e construir junto com meu parceiro uma vida de equilíbrio e harmonia, onde ambos vão aprender juntos a unir as diferenças e aprender com cada uma delas.

Portanto, quando você for falar em relacionamento aberto, precisa sair do lado pobre da relação e ir para o lado rico. Este que é aprender a viver com liberdade, unir as diferenças e desapegar dos seus desejos e fantasias para que juntos construam um mundo sem barreiras e dogmas. Um mundo onde as pessoas possam dizer “vou ver futebol com os amigos” e realmente ir ver futebol, “vou numa balada com as amigas” e realmente ir numa balada com as amigas.

Relacionamento aberto não é promiscuidade e sim responsabilidade de aprender a cuidar de si e do outro de maneira que possamos ensinar sempre ao companheiro que viver sempre será um ato de se libertar e dar liberdade, de amar e ser amado, de permitir e se permitir. Enfim, um ato de sempre estarmos prontos para sermos livres e não confundirmos que a liberdade será sempre um ato de construção e não um mecanismo de manipulação para realizarmos nossas fantasias que sem que percebamos, vai nos tornando prisioneiros de nós mesmos.

Atair dos Santos
04 de fevereiro de 2015

Photo by Jonathan Pendleton on Unsplash



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