A paz que queremos
Por onde passamos todos falam em paz. É uma atitude muito legal e nobre da humanidade.
Desde os primórdios a humanidade fala em paz, mas a pergunta é: onde está a dificuldade após milênios da humanidade, que ainda não conseguiu essa tão sonhada paz?
Onde estamos falhando nessa tentativa?
O que não está funcionando?
A paz não é um resultado e sim um caminho, nossa dificuldade está em trilhar esse caminho.
Não se constrói a paz promovendo a discórdia e tampouco não aceitando as diferenças.
Não se promove a paz combatendo nada, mas sim amando a tudo.
A paz é o encontro e não a separação, é a união e não a discórdia, é o consenso e não a razão.
Não teremos paz externa se não apaziguarmos nossas inquietudes internas, nossos conflitos internos e também se não aprendermos a viver com igualdade.
Paz não é um resultado e sim uma atitude que precisamos ter em tudo o que fazemos.
Não poderemos semear a paz sem termos isso dentro de nós e vivermos isso por onde estivermos em tudo o que estivermos fazendo.
Não se constrói a paz com discursos e sim com atitudes. Não iremos vivenciar a paz sem antes termos apaziguado nossas inquietudes, nossos desejos e principalmente nossos anseios pelo poder.
Paz e poder nunca caminharam juntos, são antagônicos e sempre onde um estiver presente o outro estará ausente.
Toda forma de poder faz sucumbir toda forma de paz.
Quando expressamos: “quero tanto ter paz”, será que compreendemos exatamente o significado dessa expressão?
Ninguém busca a paz a não ser quando se está em conflito. Interno ou externo não importa, a ausência de paz tira toda nossa qualidade de vida, esse é o motivo de tanto sofrimento nessa dimensão.
Os conflitos congelam nossa capacidade de sentir e principalmente nossa capacidade de discernimento e compreensão.
Viver em paz nada mais é que aprender a compreender tudo, mas sem precisar aceitar tudo aquilo que desequilibra e desconstrói.
Nunca teremos paz enquanto não apaziguarmos nossos desejos. São nossos desejos que acabam fazendo nossa paz se diluir ao longo do tempo, todo desejo é uma forma de poder e todo poder é sempre um combatente da paz.
Não lute, não sofra, não desconstrua, não desarmonize, não semeie a diferença e tampouco a discórdia. Se queres a paz, precisará se tornar paz em tudo o que faz. Nas suas atitudes, nas suas palavras e principalmente em acalmar seu mental e deixar fluir seu sentir.
Atair dos Santos
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