O Trabalho e o Prazer
Apesar de parecerem antagônicos para muitos, o trabalho e o prazer precisam caminhar juntos, onde um possa ser suporte do outro.
Atualmente, as pessoas não associam isso, parecendo para muitos ser impossível ter prazer no trabalho.
Quando o prazer se faz presente em nossas atividades profissionais, o trabalho praticamente desaparece e fica restante somente o prazer. Aquilo que parecia árduo, enfadonho, desgastante, passa a ser algo totalmente diferente, enchendo-nos de satisfação.
Para que isso ocorra, precisamos compreender a utilidade do que fazemos e o quanto estamos colaborando na construção das pessoas que necessitam daquilo que estamos fazendo. Quando atingimos essa consciência, exercemos nossas atividades profissionais de forma responsável, disciplinada e organizada.
Trabalhar não pode ser visto como uma atividade profissional como é vista desde sempre. O trabalho precisa ser compreendido como uma inserção do indivíduo na sociedade em que ele vive.
Quando o trabalho perde essa conotação, ele simplesmente passa a ser a troca de nosso tempo por algo que nos remunera. Ele perde sua função social, que é inserir e integrar o indivíduo no meio em que vive.
Todo trabalho quando deixa de ser algo somente produtivo e passa a ser algo construtivo no meio que você atua, passa a ser muito mais do que realizar uma atividade, passa a ser aquilo que transcende o material e vai de encontro ao ser daquele que necessita daquilo que fazemos.
Trabalha não significa sacrificar nossos dias. Significa transcender a limitação do tempo e transcender nossa limitação de servir a matéria e passar a servir a essência da pessoa.
Todo trabalhador que faz sua atividade com prazer passa a ser um libertador de almas, onde através de sua atividade conseguirá mostrar que viver e produzir é simplesmente uma atitude de escolha de um caminho harmônico.
Atair dos Santos
Foto de Tim Gouw em Unsplash