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Não entendo o ser humano

14 de novembro de 2018

Não entendo o ser humano.

Todos falam em carinho, amor, afeto e tudo mais, mas quando você vive dessa maneira todos acabam te criticando, dificultando sua vida e surgem reclamações de todos os lados.

Ah, agora entendi.   

As pessoas querem tudo isso, mas querem que tudo aquilo que é energia – e por isso é livre – seja privado e exclusivo. Querem afeto, amor, carinho exclusivo. Que você não tenha isso para mais ninguém. Se você opta em ser um ser universal e tratar todos com carinho, amor e afeto, aí não serve porque você deixou de ser algo exclusivo dela e passou a ser parte de um todo.

Infelizmente as pessoas não sabem do que falam quando pedem tudo isso e ao mesmo tempo não conseguem conviver com quem compartilha essa maneira.

Essas pessoas ainda não compreenderam que amor, carinho e afetividade fazem parte do mundo energético e é universal e não pessoal.

Se você é amoroso, será amoroso com todos, se é afetuoso será afetuoso com todos e se é carinhoso, será carinhoso com todos.

É impossível fazer isso com uma única pessoa e se você consegue fazer isso com uma única pessoa você não está tendo essas energias em movimento construtivo, você simplesmente está manipulando energia para obter resultados pessoais.

É disso que as pessoas precisam para se libertar e compreender que é impossível ser amoroso, afetuoso, carinhoso com exclusividade para uma única pessoa. Ou nós somos tudo isso com todos ou não não seremos isso com ninguém e nem com a gente mesmo.

Afinal, tudo isso está ligado a relacionamento e relacionamento sem amor, carinho e afeto é tudo o que podemos nominar, menos um relacionamento.

Não somos propriedades privadas e não podemos ser tratados como tal. Se desapegar vai passar por um ponto que todos têm muito dificuldade que é se tornar igual. Para nos tornarmos iguais, precisamos nos desapegar da exclusividade.

Precisamos compreender que o Pai nos ensina que todos somos iguais e se todos somos iguais, então quando queremos a diferença, queremos a exclusividade; e quando falamos em relacionamentos, falamos em amor, carinho e afetividade.

Você gostaria que todos se tratassem com afeto, carinho e amorosidade, menos com você?  

Então por que quando alguém que você se relaciona tem essas ações com outras pessoas você fala à ele que não “ gosta” da maneira carinhosa e cuidadosa com que ele lida com as pessoas?

As pessoas insistem em querer diminuir nossa capacidade de amorosidade, afetividade e carinho, nos coibindo de expressar isso a todos os seres vivos independentemente de quem quer que seja.

Aí as pessoas fazem discursos de igualdade, de “não às diferenças”, mas ao mesmo tempo vivem pedindo para tratarmos as pessoas com diferenças.

Queridos amigos (as), parem para refletir sobre seu comportamento e seu discurso de vida. Por que será que todas essas pessoas que viveram e buscam viver com afetividade, carinho e amorosidade, são tão discriminadas por todos aqueles que pedem o fim das desigualdades?

Pela história, estamos fartos dos finais trágicos que todas essas pessoas tiveram ou de suas vidas sofridas que tiveram, por aquelas pessoas que tanto falavam sobre igualdades e fim das diferenças.

Chega de hipocrisia. Precisamos aceitar que quando realmente tivermos amorosidade, afetividade e sermos carinhosos, não falaremos mais de fim disso ou daquilo. Porque amorosidade, afetividade e carinho é só o começo. É o início da maneira mais simples de viver,  onde todos são iguais e todos vivem sem nenhuma discriminação. Todos são dignos, sim, de receber meu afeto, carinho e amor, não importando em que circunstâncias estejam vivendo.

 

Atair dos Santos

Foto de Mitch Lensink em Unsplash



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